“Não vou me permitir ser uma artista que cria na sua zona de conforto, daqueles que pintam a mesma coisa durante anos.”
Eu era daquelas crianças que podia passar horas desenhando. Ainda pequena, ganhei todas as paredes de casa para rabiscar. Meus pais fariam uma reforma na casa e, antes disso, as paredes foram liberadas. Acredito que ali, naquele momento, a minha busca por liberdade e criação começou.
Claro que houve um momento de separação. Ao ir para faculdade eu deixei de seguir minha vocação. Mas vocação artística não é algo que você consegue esconder por muito tempo. A arte sempre gritou em mim. Até mesmo quando eu parei de pintar e desenhar, eu fotografava. Acredito que isso tenha tido um papel importantíssimo no tipo de arte que eu faço hoje. A visão fotográfica é um grande guia na minha criação artística.
Quando eu resolvi voltar para arte, ela me abraçou. Me aceitou de volta e agiu como se eu nunca tivesse ido embora. Desenvolvi a minha própria técnica e tenho transitado por temas que me fazem sentir. Não vou me permitir ser uma artista que cria na sua zona de conforto, daquelas que pintam a mesma coisa durante anos. Quero pintar temas e situações diversas. Flores, paisagens, animais, pessoas, o que for. Quero colocar o meu estilo e a minha visão para dar luz àquilo que me faz sentir e pensar.
Espero que você sinta minha arte. É para isso que ela serve. Não espere que eu explique muito. Depois que a tinta vai para tela, os meus pensamentos se resolvem e a partir disso é com vocês.